O silêncio implacável quebrado por sussurros do vento nas esquinas.
O Malbec descansa, violáceo, no tapete da sala.
Por que mesmo você não está aqui? Quem é você? Quem somos nós?
Não sei ao certo quando te perdi, quando me perdi.
Me perdi quando eu disse que te amei.
Te perdi quando você disse "eu te amo, mas..."
Me perdi quando escutei o poema rasgado do teu rock'n roll.
Te perdi quando mergulhamos no infinito azul de transparências coloridas
Me perdi quando senti teu cheiro moreno de sal e sol.
Te perdi quando travamos batalhas entre lençóis nessa selva de pedra.
Me perdi quando provei o cravo e a canela dos teus beijos.
Perdemos e ganhamos a nós mesmos. Tantos eus, tantos vocês.
Perco-me agora em intermináveis horas frias, nesse tom violáceo de silêncios e sussurros, de uma noite de sábado perdida.
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Me perdi, assim que te perdi!
ResponderExcluirMuito bom Malu , estas crônicas vão acabar virando um livro.
ResponderExcluirParabéns.